O Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), vinculado à Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA), investiu mais de R$ 9 milhões (R$ 9.033.483,74) na obra de requalificação do prédio histórico da Junta Comercial do Estado da Bahia (Juceb), situado no bairro do Comércio, em Salvador. O edifício é considerado um dos mais importantes exemplares da arquitetura eclética na região, compondo o cenário urbano do centro antigo da capital baiana, com relevância artística, cultural e histórica.
O prédio, localizado ao fundo da Associação Comercial da Bahia, integra a poligonal de tombamento do Conjunto Urbano e Arquitetônico da Cidade Baixa de Salvador, protegido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), desde 2008. A requalificação, promovida pelo Ipac, é parte dos esforços do Governo da Bahia para a preservação e valorização do patrimônio público estadual, garantindo o uso contemporâneo de imóveis históricos sem descaracterizar sua essência arquitetônica.
As intervenções foram amplas e detalhadas, contemplando desde a demolição de estruturas comprometidas até a implantação de sistemas modernos de infraestrutura elétrica, lógica, hidrossanitária e de climatização. Entre os serviços realizados estão escavações para construção de cisternas e poço de elevador, montagem de escadas metálicas, instalação de forros de gesso e pisos em granito, impermeabilização das áreas molhadas e fachadas, recuperação de elementos arquitetônicos e decorativos, além de pintura e acabamentos com materiais de alta durabilidade.
Um dos destaques do processo foi a atenção dada à valorização da fachada histórica, com a restauração de rebocos, sacadas, balaústres e demais elementos originais que compõem o estilo eclético do prédio. A obra também contou com a instalação de redes de condicionadores de ar e modernização dos sistemas internos, tornando o edifício mais funcional e adaptado às necessidades atuais.
Para o diretor do Ipac, Marcelo Lemos, "investir na conservação de edifícios como o da Junta Comercial é reafirmar o compromisso do Estado com a memória e a identidade do povo baiano. A revitalização garante o uso adequado desses espaços e contribui para o desenvolvimento urbano com respeito ao patrimônio histórico", afirma.
Com esta ação, o Instituto reforça sua missão de proteger, conservar e promover os bens culturais da Bahia, assegurando que o passado e o presente convivam em harmonia nos espaços públicos, especialmente em áreas de valor histórico a exemplo do Comércio.
Fonte: Ascom/Ipac
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