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Bolsonaro é indiciado pela PF por suposto plano para matar presidente Lula

A Polícia Federal (PF) indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelos crimes de abolição violenta do estado democrático de direito, tentativa de golpe de estado e organização criminosa. A investigação concluiu que Bolsonaro esteve envolvido em um plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Além do ex-presidente, os generais Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa e ex-candidato a vice na chapa de 2022, e Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), também foram indiciados.

Segundo a PF, as provas foram obtidas ao longo de quase dois anos de investigação, por meio de métodos como quebras de sigilo telemático, telefônico, bancário e fiscal, colaboração premiada, buscas e apreensões, entre outras medidas autorizadas pela Justiça. Em nota, a corporação afirmou: “As provas foram obtidas por meio de diversas diligências policiais realizadas ao longo de quase dois anos”.

De acordo com informações do G1, o relatório da Polícia Federal, concluído nesta quinta-feira (21), será enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF). O documento tem mais de 800 páginas. Caberá agora à Procuradoria-Geral da República (PGR) decidir se apresenta denúncia contra os indiciados e ao STF julgar o caso.

Além de Bolsonaro, Braga Netto e Augusto Heleno, outras 34 pessoas foram indiciadas por envolvimento no suposto plano golpista. Entre os nomes estão o delegado Alexandre Ramagem, ex-presidente da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), e Valdemar da Costa Neto, presidente do PL, partido de Bolsonaro.